segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Fisioterapia (ou dores para curar)


Terceira sessão de fisioterapia e... Ainda não chorei. Que valente!  E acreditem que a nomenclatura é bem apropriada: valente! 
Não sei se o conceito de fisioterapia já vos passou pela pele, mas há ali um momento em que, vos garanto, até os meus chakras se desalinham. É que com o tentar pôr no lugar o cotovelo (que lembro que parti num acidente de carro e que, desde então, não estica) vêm as dores... As muitas dores!

Costumo brincar e dizer que o mais fácil já fiz: ter o acidente. Naquele momento do embate não tive uma dorzinha que fosse, mas desde que o carro parou que foram muitas, as bandidas. Isso, claro, até ter começado a fisioterapia. Estas, sim, são dores para valentes, mas o objectivo está tão focado na minha mente que tento ir falando com a fisioterapeuta, a Vera, da Mirafisio, para não pensar tanto no que, por acaso até é ela, me estão a fazer...

Ficam as fotografias do pré-fisioterapia e, se bem me conhecem, já sabem que mal posso esperar pelas fotografias do depois!

Estado "normal" do braço pré-fisioterapia.

Máximo que o braço esticava pré-fisioterapia.








segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Já não falta tudo...

Apesar de ser menina das Letras, confesso que tenho uma ligeira obsessão com números e, por isso, não é de estranhar que quando na passada sexta-feira, depois de me aperceber do dia que era, tenha batido palmas ao universo do género: "Bom trabalho, rapaz".

Mas vamos por partes.

Quinta-feira lá fui a uma consulta de Ortopedia, que resultou numa consulta de Fisiatria e Ressonância Magnética ao cotovelo.

Até agora, os resultados ainda são aguardados, mas o que o médico tem a certeza até agora é que o braço esteve imobilizado demasiado tempo (eu sabia que não era para ter calma!) e que o objectivo imediato é começar a mexer (com cuidado) o mais rapidamente possível, vulgo: fisioterapia.

Mas a pergunta que mais me atormentava o espírito era só uma, basicamente desde a hora em que o meu carro parou de andar à roda na noite do acidente: já posso voltar ao ginásio?

Ao que, tanto o ortopedista quanto a fisiatra responderam com outra pergunta: "O que é que achas que podes fazer no ginásio com o braço ao peito?"

"Zumba!"

Sei que, quando dei esta resposta das duas vezes, o meu rosto se transformou em sorriso e sei, porque o senti. Porque tive esperança que o meu rosto iluminado desse aos médicos a pena para dizerem sim à minha resposta. Não sei se foi isso, ou não, mas o certo é que os dois me deram permissão para voltar às aulas de Zumba. Por isso, sexta-feira, dia 17 de Novembro, exactamente um mês depois do acidente (lá está a parte dos números), voltei ao ginásio. E logo para a aula que me faz mais feliz. 

Claro, mal me mexi, ali nas últimas músicas as negras das pernas começaram a dar sinal, mas... fui. Já não falta tudo...

Hoje começo fisioterapia a ver se o braço volta a esticar e a encolher como deve ser que, por enquanto, se quiser fazer um manguito a alguém fica a coisa mal feita e isso não pode ser.

... E falta conduzir, claro. Mas... um passo de cada vez.


Catarina




quinta-feira, 16 de novembro de 2017

There's a shock going through my whole body

"I can't move. There's a shock going through my whole body."

Foram estas as palavras que, ao contrário das outras vezes, me fizeram parar de scrolar pelo Facebook e ver um vídeo. É raro em mim essa acção, a de ver um vídeo que dure mais que, vá, cinco segundos, a não ser para ver um cão a rebolar na areia ou um gato atrás de uma luz encarnada. Mas este vídeo, com esta frase logo ao início, fez-me querer vê-lo. E ainda bem.

Nele, fiquei a conhecer Inky Johnson, um jogador de futebol americano que estava a dez jogos de distância de virar multimilionário. Mas quis o destino que nunca os chegasse a cumprir.

A sua história, e de como ficou incapacitado do braço direito, não é de tristeza, mas sim de superação e é por isso que hoje, no dia em que vou à consulta de ortopedia saber o que raio se passa com o meu braço direito por causa daquele acidente que foi um imprevisto da vida, partilho-o convosco.

Sim, podem crer que foi ponderada a data da partilha deste vídeo, porque só quando o vi todo pela primeira vez é que me dei conta que estava mesmo a precisar das palavras deste senhor, que aqui vos deixo:




Catarina


terça-feira, 7 de novembro de 2017

Blogazine de Novembro "nas bancas"


Já está "nas bancas" a edição de Novembro da revista "mailinda" do todó Portugal, a Blogazine:


A entrevistada é a gira, gira, gira Bárbara Bação, do blog Living in B's Shoes, e tem fotos maravilhosas.


Além disso, conta com um texto desta vossa amiga, que aqui deixo o print screen, mas que vos aviso desde já que a revista merece mesmo ser toda lida que está deliciosa!


Catarina

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Verbo do momento: esperar






Estar em recuperação é sinónimo de "esperar"...
Esperar que o corpo sare.
Esperar que não fiquem traumas.
Esperar que as negras deixem de existir.
Esperar que o braço se cure.
Esperar que alguém me dê boleia.
Esperar pela boleia.

Esperar.

Confesso que me tem dado pouca vontade de escrever no blogue, não só por só ter uma mão, mas também, e principalmente, porque o blogue me faz lembrar a minha vida de ginásio que, por enquanto, ainda estou à espera que chegue.

Até chegar, vem a recuperação. Tenho andado muito, pelo menos isso! Tenho tentado fazer os meus 10.000 passos diários, mesmo se isso significar dor de pescoço ao fim do dia por andar de braço lá pendurado.

O voltar ao trabalho também ajudou a mente a desemburrar, que isto de passar o dia sentada a ver televisão já não sabia o que era há anos e a cabeça até parece que ficou dormente.

Mas, até voltar ao ginásio, quer-me parecer que ainda vou ter muito que esperar...

Esperam comigo?

Catarina


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