quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

F*ck you, obsessive compulsive eating!




A minha vida anda um pouco à roda disto neste momento, o que resulta que, consequentemente, neste blogue também se escreva muito deste facto, principalmente quando se tem um blogue sobre um tipo de vida que, de momento, quase não existe precisamente por culpa daquilo: a vida de ginásio. Até porque, lá está, entre seguradoras, médicos, segurança social, dores constantes e mudanças radicais de vida, este acidente ainda marca o meu dia-a-dia… começando pelo que como.

Nos dias imediatos a seguir ao acidente, aqui confesso, rebelei-me. Bom, na verdade, não foi logo nos dias a seguir, pois nos dias a seguir nem conseguia comer com as dores, mas, passados esses primeiros dias, a comida voltou a desempenhar o papel na minha vida que já tinha desempenhado antes: o de consolo.

Rebelei-me mesmo. Pensei para comigo que, se era para morrer já, se a vida era tão efémera, mais valia aproveitá-la e comer as badochices todas que quisesse. Beber toda a Coca-Cola que quisesse… enfim. A velha Catarina apoderou-se de mim, com a agravante que tinha uma desculpa: tive um acidente, perdi o meu carro e mereço consolar-me de alguma maneira.

Mas este pensamento é tão estúpido que, podendo, daria um calduço à Catarina que se apoderou de mim naquelas semanas pós-acidente (sim, foram semanas!).

É muito parvo pensar na efemeridade da vida. Porque, se ela pode ser efémera, também pode ser poupada e continuarmos por cá, certo? E, pelo menos, enquanto andarmos por cá, mais vale ser saudável e comer bem, o que nos faz sentir bem, do que comer quem nem um alarve e queixarmo-nos das banhas que começaram a aparecer na barriga… E se começaram a aparecer entretanto...!


Mas já aprendi. Já voltei ao normal e, por muito que me tenha custado, portei-me exemplarmente bem no Natal. Até parecia uma pessoa saudável, com prato cheio de verdes, sem repetir a dose e comendo apenas um docinho para finalizar a refeição. Que linda menina! 

No fundo, queria partilhar convosco que não sou uma menina assim tão exemplar, que vacilei ali uns tempos, mas que, acredito, estou de volta à minha rotina saudável, de comer com cabeça, tronco e membros para a cabeça, tronco e membros ficarem supé-fits e dourados. That's the dream!

Catarina 

1 comentário:

Green disse...

Todos nós tropeçamos de vez em quando, faz parte, mas tu chegas lá com a força de vontade que tens :)

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