O Natal é uma época caraterizada por reencontros e, muitos deles, são
passados à mesa. Como tal, as pessoas tendem a cometer mais excessos… Ana
Brázia Santos, nutricionista funcional, nutricoach e autora do blogue Pomegranate,
deixa-nos algumas dicas que relembram o óbvio: na altura “gorda” do ano, como em tudo na vida, o equilíbrio é sem
dúvida a melhor opção.
Dicas
- por norma, os jantares
entre amigos e de trabalho são o ponto de partida para os excesso feitos no mês
de dezembro e, por isso, é também importante ter alguns cuidados: a nível de
entradas, prefira uns ovos mexidos com cogumelos ou espargos ou mesmo uns
mexilhões ou amêijoas à bulhão pato, tenha atenção aos fritos e tenha sempre
presente os hortícolas como acompanhamento do prato principal; caso não consiga
resistir à sobremesa, divida-a! Em relação ao álcool, com moderação!
- um dos pontos mais
importantes é sem dúvida as quantidades: quer sejam a nível do que se faz por
casa ou do que se compra e estamos a falar tanto a nível de doçaria natalícia
(sonhos, filhoses, arroz-doce, aletria, bolo-rei, bolo-rainha e muitos mais)
como também dos pratos tradicionais da consoada como do dia de Natal; Com menos
quantidade de comidas em casa, torna-se muito mais simples de se reduzir as
porções como as sobras que por norma são um "empecilho" e mais uma
tentação pós-natalícia!
- a mesa sempre posta é
uma prática corrente, o que torna tudo mais facilmente acessível e à vista de
todos, fazendo com que as tentações sejam ainda mais apelativas; de forma a
minimizar os petiscos de pura gula, tente retirar alguns bolos/sobremesa,
bombons e outros doces da mesa e tente ter à vista alternativas mais saudáveis
como a fruta e oleaginosas (nozes, o pinhão, amêndoas são alguns exemplos) mas
é também importante ter moderação a nível de quantidades;
- para quem está
habituado a fazer grande parte das receitas em casa, sugiro que optem por
alternativas mais saudáveis e que na própria receita reduzam tanto a nível de
quantidades num todo como de determinados ingredientes (açúcar e gordura);
Pegando na doçaria, podem ter alternativas melhores face às tradicionais:
·
açúcar: substituir por açúcar de coco, tâmaras, mel ou açúcar mascavado;
·
farinhas: opte por farinhas integrais ou se preferir, nem que comece por
misturar uma percentagem de integral à refinada; pode também optar por outro
tipo de farinhas como a aveia, o centeio, a espelta, trigo-sarraceno, farinha
de coco; alternativas é o que não falta;
·
gordura: em termos de qualidade, evite ao máximo as margarinas/cremes vegetais
como os óleos vegetais correntes e prefira a manteiga, azeite, óleo de coco; é
claro que todas elas são gorduras, umas melhores alternativas que outras mas,
ambas têm que ser reduzidas na sua quantidade;
·
chocolate: caso seja em pó, opte pelo light, que já tem menos açúcar face ao
tradicional mas, sem dúvida que o cacau cru é a melhor opção; no que toca à
tablete, quanto maior a % de cacau, melhor e sim, sempre acima dos 75%.