O mais difícil, pelo menos para mim, nem é o ter vontade em
ir ao ginásio. Tenho sempre a mochila no carro pronta e as ganas certas para
ir, mas… até inventarem um dia com mais de 24 horas (para quando, senhores?
Para quando?), a coisa fica difícil.
Ora vejamos: entrar de manhã ainda de
noite no trabalho (às 07h); sair passadas nove horas e ir a correr para a faculdade ter
aulas muitas das vezes até às 23h; chegar a casa, jantar o que não se quer
(#sopanãoéjanta) fazer uma revisão rápida da matéria, olhando com o olho
esquerdo para o instagram de todas as drag queens que sigo (são muitas!)
enquanto preparo a marmita para o dia seguinte com o olho direito a espreitar
as dicas da nutricionista.
Não fosse a falta de baguetes e Renaults, até diria
que vos estou a relatar um filme francês tal é o corre-corre. Mas não: é mesmo
a vida de um trabalhador-estudante. Não é fácil, mas se há coisa que aprendi
neste viver-sem-parar foi mesmo a planear. Planear refeições: saber exatamente
no dia anterior o que vou comer no dia seguinte, e a que horas. Planear
caminhar no mínimo meia hora por dia, caso não consiga mesmo, mesmo, então
tento fazer em casa uns abdominais acompanhados de prancha. Planear horas de
estudo… e respeitá-las! O que prometo a mim mesma é, a cada “X” número de
páginas posso ir ouvir aquela música das aulas de Zumba que tanto adoro e,
quiçá, até dançá-la! Ou por cada duas páginas passadas a limpo posso ir
espreitar o Instagram da Bianca del Rio (só a melhor drag queen de todó mundo).
Pequenas recompensas que não só ajudam a manter tudo nos eixos como a prolongar
as horas de cada dia e, assim, quem sabe?, se aguente mais um ano letivo... Uf!
Catarina
2 comentários:
És uma mulher de armas, aguentas certamente :)
É dose mas vai valer a pena ;)
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