sexta-feira, 28 de outubro de 2016

De perder de vista




Ser pitosga e "atleta de trazer por casa" tem muito que se lhe diga. 
Muitas das vezes, usar óculos e fazer desporto é quase como aquele último agachamento que já fazemos meio a tremer, já a querer desistir, mas a querer continuar a dar tudo: é tramado.
Escorregam.
Transpiram.
Voam numa volta mais apaixonada durante uma aula de Zumba.
Estorvam.
Estalam.
E são indispensáveis para quem, como eu, nada vê sem eles.

Assim, não é de estranhar que, depois da minha primeira aula de Hidroginástica aqui há uns meses, apesar de ter adorado o desporto em si, tenha dito a mim mesma: "Nah. Isto não é para mim..."
Não só não via as instruções da professora, como acabei a aula com os olhos encarnados do esforço de estar a olhar... sem ver...

Como, lá está, os óculos estorvam, logo nos primeiros meses de ginásio uma das lentes saltou, e lá tive de ir a uma loja da especialidade (que começa em W e acaba em ell's) resolver o assunto.
Qual não é o meu espanto, ao ver que existiam óculos de mergulho... graduados! 
Desenganem-se se pensam que custam os olhos da cara (piadinha), pois nem €20 paguei por eles. E funcionam mesmo! Até o Verão este ano foi mais fácil, com a certeza que não ia perder o meu chapéu-de-sol de vista durante os banhos no mar.

Toda esta história porque hoje de manhã fui ao oftalmologista a um exame de rotina e a primeira pergunta que ele me fez foi: "Usa óculos?"

...

Não, doutor. Eu gosto é de ter este "swag" todo em todas as alturas: no trabalho, a conduzir, a ler, a zumbar, a fazer hidroginástica... e a entrar num consultório de oftalmologia.


Catarina



2 comentários:

Bela Dina disse...

Sofro do mesmo :(

Unknown disse...

Ninguém nos compreende, só nós mesmo! ;)

Um beijinho.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...