Tenho muita pena de ter ido ver esta peça no penúltimo dia em que esteve em cena. E digo isto não por não ter gostado dela, mas porque queria ter gritado ao mundo para a ir ver... e agora já passou. É que, podendo, diria aos meus amigos para a irem ver por ter gostado tanto. E aos meus inimigos também, para lhes mostrar como, apesar de não gostarem de mim, eu lhes dou um miminho à alma.
"O Ano da Morte de Ricardo Reis", a partir do romance de José Saramago, é um espectáculo de Hélder Mateus da Costa, esteve em cena no teatro A Barraca, e vai continuar "em carteira" para viajar pelo País, por escolas, festivais, etc., e tem um elenco que, só não digo de luxo, porque acho que essa expressão na realidade quer dizer que é um elenco com caras da televisão ou assim.
Este é um elenco de luxo porque estão de facto todos muito bem. Tão bem que chegam a ser injustas as minhas próximas linhas, mas confesso que, quando ele entrou em cena, só tive olhos para ele.
Falo de Fernando Pessoa, aqui trazido até à minha frente pelo grande Ruben Garcia. Já tinha visto imagens da peça na imprensa, mas vê-lo ali, à minha frente! Ouvi-lo! "Caramba! És tu, Fernando?!" Mas não era. Era mesmo o actor, tão mudado, tão ele fora de si e dando-nos esta outra Pessoa...
O Ruben, diga-se, é um pedaço de mau caminho. É daqueles homens que, fosse eu uma menina solteira, me faria virar a cabeça ao passar, talvez até acompanhado de um "benza-o Deus!" (Calma, Fernando Pessoa, tenho a certeza que também rodaria a cabeça por ti na rua, cá beijinho a mim!) Aqui, nesta peça, o Ruben está tão outra Pessoa que nem o reconheci. Procurei por ele, mas nada. Só o Fernando. Nada de Ruben. E acho que este será o melhor elogio que lhe poderei dar. Ri-me como não me ria no teatro há muito tempo. Sonhei. Dei a mão ao meu Fernando Pessoa. Recordei aquele que já foi o meu heterónimo de eleição (hoje em dia, vai-se a ver e estou mais numa de Alberto Caeiro), Ricardo Reis, que, diga-se, nunca mais vou conseguir ler nada dele sem pensar no Adérito Lopes, que lhe deu a pele e a alma nesta peça.
Da próxima vez que pegar num livro do Pessoa vou-me lembrar do Ruben, tenho a certeza.
Da próxima vez que ler Ricardo Reis vou ouvir a voz do Adérito, tenho a certeza também.
Faz tão bem à alma ir ao teatro! Devia existir um ginásio em que desse para "malhar" enquanto se via uma peça! Isso é que era! A junção perfeita de "mens sana in corpore sano".
Deixo-te esta ideia, mundo. E não tens de quê!
Catarina
18 comentários:
Eu amo teatro pena que só tem no centro e acaba saindo caro com valor do ingresso.
Nem sabia que estava em exibição mas vou pesquisar e ver se ainda consigo ver alguma vez!
Confesso que vou menos do que devia ao teatro! É um habito que tenho que mudar!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Este grupo também tem isso de bom: além de peças lindíssimas, andam pelo País a mostrá-las! =D
Um beijinho dourado
Sim! Eles agora vão andar pelo País! Vão estando atenta que vale mesmo a pena!
Um beijinho dourado
Pode ser resolução de ano novo! =D
Um beijinho dourado
Olha, nem fazia ideia que esta peça existia. Sou mesmo distraída no que toca a teatro. Confesso que frequento mais para ir a musicais :)
THE PINK ELEPHANT SHOE // INSTAGRAM //
Oh! tenho mesmo pena de ter ido ver assim já no fim da carreira! Mas quem sabe eles não vão ter contigo! =D
Um beijinho dourado
Realmente, já devias ter ido ver à mais tempo eheh
Fiquei com vontade de ir, mas pronto. Pode ser que volte :)
Kiss, Mariana Dezolt
Messy Hair, Don’t Care
Vou ficar atenta Quem sabe venham ao AMAC
Um abraço
Amo mto teatro. Me sinto em outra vida.
Bjos
Também adoro teatro e nem vou muito, mas sei bem a sensação com que vim das vezes que assisti a alguma peça, faz mesmo bem à alma! :) Beijinhos
Gosto bastante de teatro, mas já não vou há imenso tempo...
Sim! e eu acho que eles vão andar em digressão! =D
Um beijinho dourado
Quem sabe! =D
Um beijinho dourado
Eu também! <3
Um beijinho dourado
<3 é isso! <3
Um beijinho dourado
Tens de contrariar isso! =D
Um beijinho dourado
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