terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Um treino que também é um abraço cheio de electroestimulação


Eu a dar tudo com o meu fato "à NASA"


Os meus óculos são uma boa referência para mim. Quando começam assim a embaciar e a escorregar pelo nariz abaixo, qual atleta de Jogos Olímpicos de Inverno numa pista de gelo, sei que já estou a transpirar “como deve de ser”.

Assim, qual não é o meu espanto quando, durante a minha sessão de teste de hoje de manhã na Rapid Fit&Well, em Campo de Ourique, num treino de electroestimulação muscular, me espantei de, logo nos primeiros minutos, os meus óculos terem deixado de fazer aquilo para que foram feitos: deixar-me ver. A realidade é que eles embaciaram tão depressa, e eu senti-me tão de repente a transpirar que o meu pensamento foi mesmo só um: Caraças!


Confesso que fui experimentar a medo. Sou conhecida por avariar máquinas, por ser aquela pessoa que a tecnologia não gosta, apesar de eu a achar fofinha. Fui com o pé atrás, mas o Hugo, o PT designado para esta minha experiência, assegurou-me que, apesar de, sim, ter tecnologia, não se tratava de enfiar um dedo numa tomada! De todo. O princípio é o mesmo do usado, por exemplo, em tratamentos de fisioterapia (que cheguei a fazer nos meus tempos de jogadora de vólei) logo, nada a temer.


Comecei por vestir um equipamento mais justinho, esta minha mania de andar sempre de fato-de-treino largeirão é um “faux pas” para estas sessões. E sim, facultado pelo próprio espaço e, para minha surpresa, servi num tamanho L! Como devem calcular, logo aí ganhei o dia!
E como é que funciona a electroestimulação? Tudo começa com o fato. Quer queiramos, quer não, o treino só começa depois de o vestirmos, o que implica alguma dança contemporânea entre o cliente (eu) e o PT (o Hugo). Mas sempre de forma muito delicada, claro.
Fato vestido, hora da magia. São 350 os músculos abrangidos por este fato que, ainda por cima, nos dá um ar assim de saídos de um exercício da NASA. A ideia do fato é senti-lo, mas que nunca seja desconfortável. É necessária uma adaptação da intensidade dos impulsos eléctricos e isso é regulado por nós (que nos “queixamos”) e pelo PT (que “afina” a máquina). Máquina afinada, acção! Hora de começar a mexer. Quer dizer, hora… mais ou menos! A sessão durou apenas 20 minutos, mas isso chega e sobra. Por causa dos impulsos, cada sessão de 20 minutos equivale a 90 minutos de exercício. Só assim consigo explicar porque é que os meus óculos ficaram logo embaciados, pois claro!

O treino em si é como o Fernando Pessoa caracterizou a Coca-Cola: Primeiro estranha-se, depois entranha-se. O facto de os músculos mexerem sozinhos parece uma espécie de macumba ao início. Sei que não estou a mexer o braço, mas ele está a abanar. Sei que não estou a contrair as nádegas, mas elas parecem ganhar vida própria. Claro que, assim que começamos a fazer exercícios (os meus amigos jumping jacks ou agachamentos) a coisa muda de figura. Sentimos qualquer coisa extra, mas quase que parece que o exercício físico nos está a abraçar. Do género “Bom trabalho, miúda!”


Agora, passadas algumas horas deste treino, sinto-me assim naquela cena do filme “Beetlejuice”, quando a família está toda sentada à mesa e é apoderada pelo espírito do “bio-exorcista” que dá nome ao filme e começa toda a malta a dançar sem vontade própria. Estou agora sentada a escrever este texto, e sinto o meu corpo a pulsar. E isso, para mim, é só sinal de uma coisa: está a fazer efeito!



Catarina

8 comentários:

C. disse...

Mostra-lhe o canal deles :D ele até fica entusiasmado... há um vídeo que é a evolução de um dos irmãos o que entra em competições de bodybuilding e afins. A evolução dele é mesmo inspiradora!

Beijinhos,
O meu reino da noite ~ facebook ~ bloglovin'

Rititi disse...

Opa deixaste-me curiosa... Gostava de experimentar!!

O meu pensamento viaja disse...

Será que entendi direito?
Um fato?
Um fato que estimula os músculos?
Um fato que em 20 minutos faz o mesmo que sem ele se consegue em 90?
Brincamos?
A sério?
Explica lá devagarinho a ver se eu percebo.
Beijo!

So Alice disse...

Great post, thank you for sharing :-)

Prato de casa - Busca pelo meu padrão disse...

confesso que dei risada no final!!!

Jenni Gama disse...

Que legal.

João Luiz Pereira Tavares disse...

Em 2016 houve fato fabuloso sim, apesar de Vanessa Grazziotin falar que não, dessa forma assim:

"O ano de 2016 é, sem dúvida, daqueles que dificilmente será esquecido. Ficará marcado na história pelos acontecimentos negativos ocorridos no Brasil e no mundo. Esse é o sentimento das pessoas", diz Grazziotin.

Mas, por outro lado, nem que seja apenas 1 fato positivo houve sim! É claro! Mesmo que seja, somente e só, um ato notável, de êxito. Extraordinário. Onde a sociedade se mostrou. Divino. Que ficará na história para sempre, para o início de um horizonte progressista do Brasil, na vida cultural, na artística, na esfera política, e na econômica. 
Que jamais será esquecido tal nascer dos anos a partir de  2016, apontando para frente. Ano em orientação à alta-cultura. Acontecimento esse verdadeiramente um marco histórico prodigioso. Incrementando sim o Brasil em direção a modernidade, a reformas e mudanças positivas e progressistas. Enfim: admirável. 

Tal fato luminoso e sui-generis foi o:

-- «Tchau querida!»

Eis aí um momento progressista, no ano de 2016.

Anónimo disse...

muito legal aprender esses treinos que vc compartilha com a gente!
beijos

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